A ECO-92, Rio-92, Cúpula, ou Cimeira da Terra, nomes pelos quais é mais  popularmente conhecida a Conferência das Nações unidas para o Meio  Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), realizou-se de 3 a 14 de junho de  1992 no Rio de Janeiro. O seu objetivo principal era buscar meios de  conciliar o desenvolvimento sócio-econômico e industrial com a  conservação e proteção dos ecossistemas da Terra.
História
Em  1992, no Rio de Janeiro, representantes de quase todos os países do  mundo reuniram-se para decidir que medidas tomar para conseguir diminuir  a degradação ambiental e preservar a existencia de outras gerações.
A  intenção, nesse encontro, era introduzir a idéia do desenvolvimento  sustentável, um modelo de crescimento econômico menos consumista e mais  adequado ao equilíbrio ecológico.
A Carta da Terra, documento oficial  da RIO-92, elaborou três convenções (Biodiversidade, Desertificação e  Mudanças Climáticas), uma declaração de princípios e a Agenda 21 (base  para que cada país elabore seu plano de preservação do meio ambiente).  Dos 175 países signatários da Agenda 21, 168 confirmaram sua posição de  respeitar a Convenção sobre Biodiversidade.
Convenção da  Biodiversidade
A Convenção da Biodiversidade foi acordo aprovado  durante a RIO-92, por 156 países e uma organização de integração  econômica regional. Foi ratificada pelo Congresso Nacional e entrou em  vigor no final de dezembro de 1993. Os objetivos da convenção são a  conservação da biodiversidade, o uso sustentável de seus componentes e a  divisão eqüitativa e justa dos benefícios gerados com a utilização de  recursos genéticos. Neste documento destaca-se o “Protocolo de  Biosegurança”, que permite que países deixem de importar produtos que  contenham organismos geneticamente modificados.
Agenda 21
O  principal documento produzido na RIO-92, o "Agenda 21" é um programa de  ação que viabiliza o novo padrão de desenvolvimento ambientalmente  racional. Ele concilia métodos de proteção ambiental, justiça social e  eficiência econômica. Este documento está estruturado em quatro seções  subdivididas num total de 40 capítulos temáticos. Eles tratam dos temas: 
Dimensões Econômicas e Sociais – enfoca as políticas internacionais  que podem ajudar o desenvolvimento sustentável nos países em  desenvolvimento, as estratégias de combate à pobreza e à miséria, as  mudanças necessárias a serem introduzidas nos padrões de consumo, as  inter-relações entre sustentabilidade e dinâmica demográfica, as  propostas para a promoção da saúde pública e a melhoria da qualidade dos  assentamentos humanos;
Conservação e questão dos recursos para o  desenvolvimento – apresenta os diferentes enfoques para a proteção da  atmosfera e para a viabilização da transição energética, a importância  do manejo integrado do solo, da proteção dos recursos do mar e da gestão  eco-compatível dos recursos de água doce; a relevância do combate ao  desmatamento, à desertificação e à proteção aos frágeis ecossistemas de  montanhas; as interfaces entre diversidade biológica e sustentabilidade;  a necessidade de uma gestão ecologicamente racional para a  biotecnologia e, finalmente, a prioridade que os países devem conferir à  gestão, ao manejo e à disposição ambientalmente racional dos resíduos  sólidos, dos perigosos em geral e dos tóxicos e radioativos.
Medidas  requeridas para a proteção e promoção de alguns dos segmentos sociais  mais relevantes - analisa as ações que objetivam a melhoria dos níveis  de educação da mulher, bem como a participação da mesma, em condições de  igualdade, em todas as atividades relativas ao desenvolvimento e à  gestão ambiental. Adicionalmente, são discutidas as medidas de proteção e  promoção à juventude e aos povos indígenas, às ONG's, aos trabalhadores  e sindicatos, à comunidade científica e tecnológica, aos agricultores e  ao comércio e a indústria.
Revisão dos instrumentos necessários  para a execução das ações propostas - discute os mecanismos financeiros e  os instrumentos e mecanismos jurídicos internacionais; a produção e  oferta de tecnologias ecos-consistentes e de atividade científica,  enquanto suportes essenciais à gestão da sustentabilidade; a educação e o  treinamento como instrumentos da construção de uma consciência  ambiental e da capacitação de quadros para o desenvolvimento  sustentável; o fortalecimento das instituições e a melhoria das  capacidades nacionais de coleta, processamento e análise dos dados  relevantes para a gestão da sustentabilidade.
A aceitação do formato  e conteúdo da Agenda - aprovada por todos os países presentes à Rio 92 -  propiciou a criação da Comissão de Desenvolvimento Sustentável (CDS),  vinculada ao Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (Ecosoc). A  CDS tem por objetivo acompanhar e cooperar com os países na elaboração e  implementação das agendas nacionais, e vários países já iniciaram a  elaboração de suas agendas nacionais. Dentre os de maior expressão  política e econômica, somente a China terminou o processo de elaboração e  iniciou a etapa de implementação.
Conferindo a Agenda 21
As  ONGs que participaram da RIO-92 acabaram desempenhando um papel  fiscalizador, que pressiona os governos de todo o mundo a cumprir as  determinações da Agenda 21.
De 23 a 27 de junho de 97, em Nova  Iorque, foi realizada a 19ª Sessão Especial da Assembléia-Geral das  Nações Unidas. Com o objetivo de avaliar os cinco primeiros anos de  implementação da Agenda 21, o encontro identificou as principais  dificuldades relacionadas à implementação do documento, priorizou a ação  para os anos seguintes e conferiu impulso político às negociações  ambientais em curso.
Para os países em desenvolvimento, o principal  resultado da Sessão Especial foi a preservação intacta do patrimônio  conceitual originado na RIO-92. O documento final incorporou, assim, uma  "Declaração de Compromisso", na qual os chefes de delegação reiteram  solenemente o compromisso de seus países com os princípios e programas  contidos na Declaração do Rio e na Agenda 21, assim como o propósito de  dar seguimento a sua implementação.
Ou seja, foi realizada em uma  conferencia que reuniu representates de alguns países, chamada de Rio  92, que teve ínicio em 3 de junho de 1992 e termino em 14 de junho de  1992, essa conferencia foi realizada no Rio de janeiro por isso seu nome  Rio 92. Eles queriam reaver a questão do desenvolvimento sustentável no  mundo.
Temas e desenvolvimentos
1- Camada de ozônio: A  Eco-92 embasou eventos como a conferência em Kyoto no Japão, em 1997,  que deu origem ao Protocolo de Quioto, no qual a maioria das nações  concordou em reduzir as emissões de gases que ameaçam a camada de  ozônio.
2- Ar e água: um congresso da ONU em Estocolmo em 2001,  adotou um tratado para controlar 12 substâncias químicas organocloradas.  Destinada a melhorar a qualidade do ar e da água, a convenção sobre  Poluentes Orgânicos Persistentes pede a restrição ou eliminação de oito  substâncias químicas como clordano, DDT e os PCBs.
3- Transporte  alternativo: os automóveis híbridos, movidos a gasolina e a energia  elétrica, já reduzem as emissões de dióxido de carbono no Japão, na  Europa e nos Estados Unidos.
4- Ecoturismo: com um crescimento anual  estimado em 30%, o ecoturismo incentivou governos a proteger áreas  naturais e culturas tradicionais.
5- Redução do desperdício:  empresas adotam programas de reutilização e reciclagem, como acontecia  com as garrafas de PET no Brasil antes que as empresas fossem taxadas  com impostos sobre sua compra dos catadores de lixo.
6- Redução da  chuva ácida: na década de 1980 os países desenvolvidos começaram a  limitar as emissões de dióxido de enxofre, lançado por usinas movidas a  carvão. A Alemanha adotou um sistema obrigatório de geração doméstica de  energia através de célula fotoelétrica.
Fonte: Wikipédia, a  enciclopédia livre.
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