Importância da água
A água é o constituinte mais  característico da Terra. Ingrediente essencial da vida. Ilustrando esta  essencialidade da água: "Um certo indivíduo está num deserto e necessita  de água. Neste caso, a água é tão importante que este indivíduo deixa  qualquer riqueza que possua e passa a querer a água antes de qualquer  outra coisa". Este é chamado pelos economistas pelo nome de conceito  marginal.
Propriedades da água Nos organismos vivos
A água possui  muitas propriedades incomuns que são críticas para a vida: é um bom  solvente e possui alta tensão superficial (0,07198 N m-1 a 25ºC). A água  pura tem sua maior densidade em 3,984ºC: 999,972 kg/m³ e tem valores de  densidade menor ao arrefecer e ao aquecer. Como uma molécula polar  estável na atmosfera, desempenha um papel importante como absorvente da  radiação infravermelha, crucial no efeito estufa da atmosfera. A água  também possui um calor específico peculiarmente alto (75,327 J mol-1 K-1  a 25 ºC), que desempenha um grande papel na regulação do clima global.
A  água dissolve vários tipos de substâncias polares e iónicas, como  vários sais e açúcar, e facilita sua interação química, que ajuda  metabolismos complexos.
Apesar disso, algumas substâncias não se  misturam bem com a água, incluindo óleos e outras substâncias  hidrofóbicas. Membranas celulares, compostas de lipídios e proteínas,  levam vantagem destas propriedades para controlar as interações entre os  seus conteúdos e químicos externos. Isto é facilitado pela tensão da  superfície da água.
Distribuição
Na Terra há cerca de 1 360 000  000 km³ de água que se distribuem da seguinte forma:
1 320 000 000  km³ (97%) são água do mar.
40 000 000 km³ (3%) são água doce.
25  000 000 km³ (1,8%) como gelo.
13 000 000 km³ (0,96%) como água  subterrânea.
250 000 km³ (0,02%) em lagos e rios.
13 000 km³  (0,001%) como vapor de água .
Poluição da água
A  poluição da água indica que um ou mais de seus usos foram prejudicados,  podendo atingir o homem de forma direta, pois ela é usada por este para  ser bebida, para tomar banho, para lavar roupas e utensílios e,  principalmente, para sua alimentação e dos animais domésticos. Além  disso, abastece nossas cidades, sendo também utilizada nas indústrias e  na irrigação de plantações. Por isso, a água deve ter aspecto limpo,  pureza de gosto e estar isenta de microorganismos patogênicos, o que é  conseguido através do seu tratamento, desde da retirada dos rios até a  chegada nas residências urbanas ou rurais. A água de um rio é  considerada de boa qualidade quando apresenta menos de mil coliformes  fecais e menos de dez microorganismos patogênicos por litro (como  aqueles causadores de verminoses, cólera, esquistossomose, febre  tifóide, hepatite, leptospirose, poliomielite). Portanto, para a água se  manter nessas condições, deve-se evitar sua contaminação por resíduos,  sejam eles agrícolas (de natureza química ou orgânica), esgotos,  resíduos industriais, lixo ou sedimentos vindos da erosão.
Sobre a  contaminação agrícola temos, no primeiro caso, os resíduos do uso de  agrotóxicos (comum na agropecuária), que provêm de uma prática muitas  vezes desnecessária ou intensiva nos campos, enviando grandes  quantidades de substâncias tóxicas para os rios através das chuvas, o  mesmo ocorrendo com a eliminação do esterco de animais criados em  pastagens. No segundo caso, há o uso de adubos, muitas vezes exagerado,  que acabam por ser carregados pelas chuvas aos rios locais, acarretando o  aumento de nutrientes nestes pontos; isso propicia a ocorrência de uma  explosão de bactérias decompositoras que consomem oxigênio, contribuindo  ainda para diminuir a concentração do mesmo na água, produzindo sulfeto  de hidrogênio, um gás de cheiro muito forte que, em grandes  quantidades, é tóxico. Isso também afetaria as formas superiores de vida  animal e vegetal, que utilizam o oxigênio na respiração, além das  bactérias aeróbicas, que seriam impedidas de decompor a matéria orgânica  sem deixar odores nocivos através do consumo de oxigênio.
Os  resíduos gerados pelas indústrias, cidades e atividades agrícolas são  sólidos ou líquidos, tendo um potencial de poluição muito grande. Os  resíduos gerados pelas cidades, como lixo, entulhos e produtos tóxicos  são carreados para os rios com a ajuda das chuvas. Os resíduos líquidos  carregam poluentes orgânicos (que são mais fáceis de ser controlados do  que os inorgânicos, quando em pequena quantidade). As indústrias  produzem grande quantidade de resíduos em seus processos, sendo uma  parte retida pelas instalações de tratamento da própria indústria, que  retêm tanto resíduos sólidos quanto líquidos, e a outra parte despejada  no ambiente. No processo de tratamento dos resíduos também é produzido  outro resíduo chamado "chorume", líquido que precisa novamente de  tratamento e controle. As cidades podem ser ainda poluídas pelas  enxurradas, pelo lixo e pelo esgoto.
Enfim, a poluição das águas  pode aparecer de vários modos, incluindo a poluição térmica, que é a  descarga de efluentes a altas temperaturas, poluição física, que é a  descarga de material em suspensão, poluição biológica, que é a descarga  de bactérias patogênicas e vírus, e poluição química, que pode ocorrer  por deficiência de oxigênio, toxidez e eutrofização .
A  eutrofização é causada por processos de decomposição que fazem aumentar o  conteúdo de nutrientes, aumentando a produtividade biológica,  permitindo periódicas proliferações de algas, que tornam a água turva e  com isso podem causar deficiência de oxigênio pelo seu apodrecimento,  aumentando sua toxidez para os organismos que nela vivem (como os  peixes, que aparecem mortos junto a espumas tóxicas).
A poluição  de águas nos países ricos é resultado da maneira como a sociedade  consumista está organizada para produzir e desfrutar de sua riqueza,  progresso material e bem-estar. Já nos países pobres, a poluição é  resultado da pobreza e da ausência de educação de seus habitantes, que,  assim, não têm base para exigir os seus direitos de cidadãos, o que só  tende a prejudicá-los, pois esta omissão na reivindicação de seus  direitos leva à impunidade às indústrias, que poluem cada vez mais, e  aos governantes, que também se aproveitam da ausência da educação do  povo e, em geral, fecham os olhos para a questão, como se tal poluição  não atingisse também a eles. A Educação Ambiental vem justamente  resgatar a cidadania para que o povo tome consciência da necessidade da  preservação do meio ambiente, que influi diretamente na manutenção da  sua qualidade de vida.
Quanto melhor é a água de um rio, ou seja,  quanto mais esforços forem feitos no sentido de que ela seja preservada  (tendo como instrumento principal de conscientização da população a  Educação Ambiental), melhor e mais barato será o tratamento desta e, com  isso, a população só terá a ganhar. Técnicas sofisticadíssimas estão  sendo desenvolvidas para permitir a reutilização da água no  abastecimento público.
Portanto, a meta imediata é preservar os  poucos mananciais intactos que ainda restam para que o homem possa  dispor de um reservatório de água potável para que possa sobreviver nos  próximos milênios.
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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